
Hoje os meninos estão aqui para tocar e elas para gritar. “NX Zero!!!”, é o que se ouve esporadicamente da sala de imprensa. E as meninas ainda nem entraram. O outro barulho que toma conta da sala é o da passagem de som. Quando o grupo resolve se sentar no sofá vermelho da coletiva, o som dos instrumentos continua e é praticamente um exercício de concentração tentar ouvir as respostas sem enlouquecer. O palco em que a banda se apresentará está ao lado do local onde acontece a entrevista.
“Não estou querendo nos comparar a bandas grandes assim. Mas com os Beatles a histeria era absurda também”, afirma o baterista Dani Weksler sobre as diferenças entre o comportamento dos fãs hoje e no passado. “Mas a gente, quando era moleque, não saia aí berrando por alguém, era um pouco diferente”. Já o guitarrista Leandro Franco da Rocha, o Gee, acha que toda essa comoção não passa de nervosismo. “Lembro que quando eu era menor ia à Expo Music e pedia autógrafo para o Digão [da banda Raimundos]. E aí eu ficava nervoso e não conseguia falar com ele”, conta. “Eu acho que continua a mesma coisa. Tem uma galera que chega perto da gente que não consegue nem dar um oi de tão nervosa”.
“A histeria sempre foi a mesma”, finaliza o vocalista Di. Cada um deles parece querer dizer algo sobre cada pergunta e todos acabam orquestrando suas respostas e adendos. E para lidar com toda essa gritaria? “A gente usa aqueles protetores auriculares”, brinca Weksler. “O que a gente tenta fazer é dizer ‘Calma, vamos conversar’, mas quando tem muita gente é impossível”, afirma Di. “Quando tem muita gente é até legal, porque faz um barulhão”, conta Gee.
Outro barulho que parece ter marcado a banda é o que a música do NX Zero tem feito na mídia. Em seu terceiro disco, segundo com uma grande gravadora, os cincos integrantes são figurinhas recorrentes nos noticiários de qualquer veículo. No último prêmio Multishow, os integrantes abocanharam dois prêmios, o de “Melhor Grupo” e “Melhor Cantor” para Di. “Muito louco”, explica o próprio Di sobre o reconhecimento de premiações como essa. “Porque é a galera que escolhe. É a hora da verdade. Mas o trampo é no dia a dia mesmo. É ali que é o reconhecimento. A gente ficou feliz só por estar lá”. “É mais um motivo para continuar trabalhando. E a coisa não é afirmar quem é o melhor nisso ou naquilo”, afirma o guitarrista Fi. “Acho que é mais pelo momento que cada artista está. Cada artista ganha o prêmio de acordo com a fase que ele está. E estamos super engajados em ser uma grande banda”.
Depois de todas as perguntas os garotos tiram algumas fotos nas mais diferente posições, ainda com o som de seus instrumentos tocando de trilha. É hora de saírem e tomarem seus lugares na gravação do programa e encarar mais uma vez todos os sons da fama.
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